Resumo:

Este estudo teve como objetivo identificar como a integração multiprofissional é apresentada na organização do cuidado em oncologia pediátrica, considerando dimensões clínicas, psicossociais, comunicacionais e tecnológicas. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, de abordagem qualitativa e caráter descritivo-interpretativo, realizada nas bases PubMed, SciELO, Web of Science, Scopus e BVS. O corpus final foi composto por oito estudos publicados entre 2024 e 2025. Os resultados demonstram que a integração entre diferentes áreas favorece a precisão diagnóstica, reduz atrasos assistenciais e amplia a segurança terapêutica, ao passo que equipes fragmentadas estão associadas a falhas clínicas e desigualdades no acesso. Evidenciou-se também que intervenções psicossociais interprofissionais fortalecem o enfrentamento familiar, enquanto práticas unidimensionais ampliam sofrimento emocional. A reabilitação integrada mostrou impacto direto na preservação funcional, cognitiva e social das crianças, e a comunicação interprofissional emergiu como elemento estruturante da continuidade assistencial. Conclui-se que a integração multiprofissional constitui componente essencial para qualificar diagnóstico, tratamento, suporte psicossocial, manejo da dor e reabilitação, configurando o modelo assistencial mais consistente para o cuidado oncológico pediátrico contemporâneo.