Este estudo teve como objetivo analisar como as práticas interprofissionais contribuem para a efetivação da integralidade do cuidado no Sistema Único de Saúde, considerando os aspectos organizacionais e assistenciais que influenciam a coordenação das ações em saúde. Para isso, foi realizada uma revisão narrativa estruturada, fundamentada na busca de estudos publicados entre 2022 e 2025 nas bases PubMed/MEDLINE, SciELO e Web of Science, utilizando descritores controlados, operadores booleanos e critérios rigorosos de inclusão, o que resultou na seleção de dez revisões sistemáticas, integrativas, scoping reviews e meta-análises que abordavam colaboração interprofissional em diferentes pontos da rede de atenção. Os resultados mostram que a interprofissionalidade favorece a comunicação entre equipes, aprimora a gestão clínica, amplia a segurança do paciente e contribui para a construção de trajetórias assistenciais mais contínuas, especialmente em cenários de alta complexidade, condições crônicas e na Atenção Primária à Saúde. Também se constatou que a adoção dessas práticas depende de condições institucionais, tais como clareza de papéis, fortalecimento da educação permanente, apoio gerencial e reorganização dos processos de trabalho. Conclui-se que a colaboração interprofissional constitui elemento essencial para a integralidade do cuidado e exige políticas e estratégias permanentes que sustentem integração, corresponsabilização e tomada de decisão compartilhada no âmbito do SUS.