Este estudo teve como objetivo analisar os determinantes psicossociais do adoecimento mental em trabalhadores da saúde pública, com ênfase nos impactos da precarização e da sobrecarga laboral.Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, conduzida nas bases SciELO, PubMed, BVS e Google Scholar, utilizando descritores DeCS/MeSH combinados com operadores booleanos, e considerando estudos publicados entre 2023 e 2025. Dos 62 artigos inicialmente identificados, 7 compuseram o núcleo analítico. Os resultados menciona que vínculos empregatícios instáveis, longas jornadas, demandas excessivas, infraestrutura inadequada, falta de reconhecimento, fragilidades no suporte institucional, limitações de autonomia e conflitos interpessoais atuam de forma integrada, intensificando sintomas como ansiedade, irritabilidade, exaustão emocional e perda de motivação. A análise também revelou impactos ampliados em regiões com maiores desigualdades estruturais, agravando vulnerabilidades psicossociais. Conclui-se que o adoecimento mental resulta predominantemente de fatores organizacionais e estruturais, reforçando a necessidade de políticas de saúde do trabalhador voltadas ao fortalecimento das condições laborais, humanização das práticas gerenciais e promoção de ambientes protetores capazes de mitigar riscos psicossociais e favorecer o bem-estar profissional.