Resumo:

Este estudo discute a sala de aula como espaço de interação e construção coletiva do conhecimento, destacando a importância de ambientes híbridos que unem o físico e o digital (Moran e Costa, 2020) e da humanização defendida por Freire (1996). A pesquisa foi conduzida por meio de uma abordagem qualitativa, utilizando a oficina pedagógica “Calculando a altura da árvore”, aplicada em uma turma integrada de 8º e 9º ano de uma escola rural. A oficina foi desenvolvida em três contextos: sem uso de tecnologias digitais, com uso de tecnologias digitais e a partir de experimentação prática. Os resultados evidenciam que, no primeiro método (sem tecnologias digitais), os estudantes enfrentaram dificuldades na abstração de conceitos matemáticos, mas demonstraram progresso na compreensão de triângulos semelhantes e do Teorema de Pitágoras, ainda que com maior esforço cognitivo. No segundo método (com tecnologias digitais), o uso de aplicativos como Measure Height e Arboreal favoreceu estimativas mais próximas da realidade e maior engajamento, mostrando que a tecnologia pode potencializar aprendizagens significativas. No terceiro método (experimentação prática), os alunos utilizaram instrumentos rudimentares como o Hipsômetro de Christen II, o que possibilitou vivências concretas e maior conexão entre teoria e prática. A proposta didática, vinculada ao eixo temático Geometria e Medidas, contribuiu para o desenvolvimento de competências como estimativa de medidas, aplicação de teoremas do triângulo retângulo e uso de razões trigonométricas. Conclui-se que a integração de diferentes métodos enriquece o ensino de Ciências e Matemática, promovendo aprendizagens críticas, criativas e contextualizadas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), parecer nº 6.309.206