Resumo:

Resumo: A saúde materno-infantil representa uma dimensão central da saúde pública, fortemente condicionada por determinantes sociais, econômicos e estruturais que influenciam o acesso, a continuidade e a qualidade da atenção. Este trabalho teve como objetivo analisar criticamente os determinantes, as políticas públicas e os desafios que configuram a saúde materno-infantil, com ênfase na equidade e na integralidade do cuidado. Trata-se de uma revisão narrativa baseada em levantamento bibliográfico realizado em bases de dados como SciELO, PubMed/MEDLINE, Web of Science, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando descritores intercruzados por operadores booleanos. Foram incluídos artigos publicados entre 2010 e 2025 em português, inglês e espanhol, disponíveis integralmente e vinculados ao tema. Os resultados evidenciam que, embora avanços tenham ocorrido na redução da mortalidade infantil e na ampliação da cobertura de serviços, persistem desigualdades relacionadas a fatores socioeconômicos, raciais e de gênero, além de barreiras estruturais como financiamento insuficiente, carência de profissionais e fragilidade dos sistemas de dados. Conclui-se que a melhoria da saúde materno-infantil depende de políticas intersetoriais sustentáveis, financiamento adequado e fortalecimento da participação social, de modo a assegurar a atenção integral e a justiça social.