Resumo:

Resumo: O aleitamento materno é reconhecido como uma das intervenções mais eficazes para a redução da mortalidade infantil, sendo recomendado pela Organização Mundial da Saúde como prática exclusiva até os seis meses e complementar até os dois anos ou mais. O presente estudo tem como objetivo analisar, por meio de uma revisão narrativa da literatura, as evidências recentes que relacionam as práticas de amamentação à redução de óbitos em crianças menores de cinco anos. A pesquisa foi realizada nas bases SciELO, PubMed/MEDLINE, Scopus, Web of Science e Biblioteca Virtual em Saúde, entre agosto e setembro de 2025, com descritores em português, inglês e espanhol, contemplando artigos publicados entre 2022 e 2025. Os resultados apontam que o início precoce da amamentação, a manutenção do aleitamento exclusivo e a oferta do colostro estão diretamente associados à redução da mortalidade neonatal e infantil, prevenindo causas evitáveis como diarreia e infecções respiratórias. No Brasil, políticas públicas contribuíram para ampliar a prevalência da prática, embora a manutenção exclusiva ainda esteja aquém das metas internacionais. Conclui-se que o fortalecimento do aleitamento materno constitui estratégia essencial de saúde pública, de baixo custo e alto impacto, sendo indispensável para o alcance das metas globais de redução da mortalidade infantil.