SAÚDE COLETIVA E SUS: AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A EQUIDADE SOCIAL
Resumo:
Resumo: A saúde coletiva no Brasil consolidou-se como campo fundamental para a compreensão das políticas públicas em saúde, sendo o Sistema Único de Saúde (SUS) o eixo estruturante de um projeto orientado pela universalidade, integralidade e equidade. Partindo dessa perspectiva, o presente artigo tem como objetivo analisar os avanços, desafios e perspectivas do SUS no enfrentamento das desigualdades sociais, considerando sua contribuição para a justiça distributiva e a efetivação do direito à saúde. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, baseada em produções publicadas entre 2015 e 2025 em bases nacionais e internacionais, além de documentos normativos e técnicos. A análise identificou avanços expressivos relacionados à ampliação da cobertura em saúde, fortalecimento da atenção primária, redução de iniquidades por meio do acesso a medicamentos e integração de práticas intersetoriais. Entretanto, persistem desafios associados à alocação desigual de recursos, às barreiras enfrentadas por populações historicamente marginalizadas, como povos indígenas, população negra e LGBTQIA+, e às crises políticas e econômicas que fragilizam o financiamento do sistema. As perspectivas apontam para a necessidade de fortalecimento da governança democrática, valorização da diversidade cultural, promoção da justiça espacial e construção de estratégias intersetoriais voltadas à equidade. Conclui-se que o SUS permanece como um dos mais importantes instrumentos de promoção da justiça social no Brasil, mas demanda investimentos consistentes e compromisso político para que sua missão de reduzir desigualdades seja plenamente alcançada.
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