Resumo:

Resumo: A promoção da saúde e a participação social representam pilares fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS), assegurando a corresponsabilidade entre Estado e sociedade civil na construção de políticas públicas democráticas e equitativas. Este artigo tem como objetivo analisar a inserção da promoção da saúde e da participação social no SUS, destacando avanços, fragilidades e perspectivas futuras. A partir de uma revisão narrativa da literatura publicada entre 2015 e 2025, foram examinados mecanismos institucionais de participação, como conselhos e conferências de saúde; ações intersetoriais da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS); e o papel da educação popular como estratégia de fortalecimento da cidadania sanitária. Os resultados indicam que a integração dessas dimensões contribui para maior legitimidade das políticas, qualificação da atenção e ampliação da autonomia cidadã. Contudo, persistem barreiras estruturais, como restrições orçamentárias, burocratização dos espaços participativos, baixa mobilização comunitária e fragilidade das políticas intersetoriais. Conclui-se que a efetividade da promoção da saúde e da participação social depende da consolidação de políticas de Estado, de financiamento estável e da valorização dos saberes populares, de modo a assegurar maior sustentabilidade democrática e equidade no SUS.