Resumo:

INTRODUÇÃO: A aceleração da transformação digital nos sistemas de saúde impõe revisar currículos, métodos e infraestrutura para desenvolver competências digitais, senso crítico e ética profissional, sem ampliar desigualdades. OBJETIVO: Analisar os principais desafios da educação digital em saúde na formação de profissionais no século XXI e as estratégias propostas para mitigá-los. METODOLOGIA: Revisão narrativa, de abordagem qualitativa, nas bases Portal de Periódicos CAPES, PubMed/MEDLINE, SciELO, LILACS (BVS) e ScienceDirect, complementadas por snowballing. Não houve restrição por tipo de estudo/ano; não se realizou avaliação formal de risco de viés. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Emergiram desafios estruturais (infraestrutura desigual, conectividade, suporte técnico), pedagógicos (formação docente contínua para competências tecnopedagógicas, integração de metodologias ativas, simulação e modelos híbridos), éticos-legais (privacidade e proteção de dados, integridade avaliativa) e socioculturais (e-profissionalismo, combate à desinformação, inclusão e acessibilidade). Tecnologias como IA, realidade estendida, gamificação e ambientes virtuais ampliam imersão e personalização, mas exigem políticas institucionais, desenho universal da aprendizagem e avaliação por competências. A experiência pandêmica catalisou adesão, mas evidenciou sobrecarga docente e lacunas de governança. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Superar tais desafios requer políticas integradas, investimento em infraestrutura e formação docente, adoção de práticas inclusivas e avaliação coerente com competências do cuidado digital, assegurando qualidade formativa, equidade e responsabilidade ética.