INTERSETORIALIDADE COMO ESTRATÉGIA PARA FORTALECIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE
Resumo:
O estudo analisa a intersetorialidade como estratégia para fortalecer políticas públicas em saúde, descrevendo fundamentos conceituais, mecanismos de coordenação e efeitos na equidade; apresenta revisão narrativa de literatura recente, contemplando experiências nacionais e internacionais com foco em articulação entre saúde, educação, assistência social, meio ambiente e planejamento urbano, considerando impactos sobre determinantes sociais, desempenho institucional e participação social. A síntese evidencia que arranjos intersetoriais sustentados por liderança comprometida, governança clara, financiamento estável, transparência informacional e pactuação de metas produzem respostas mais integradas e eficientes frente a problemas complexos; registram-se ganhos em acesso, continuidade do cuidado e redução de desigualdades, especialmente em territórios vulneráveis, verificando-se também ampliação de redes de apoio e melhoria de indicadores de bem-estar. Identificam-se obstáculos recorrentes ligados a assimetrias de poder, sobreposição de competências, insuficiência de capacidades estatais e resistência organizacional, demandando institucionalização de comitês, rotinas de monitoramento compartilhado e formação de gestores e equipes. Conclui-se que a intersetorialidade, entendida como prática contínua e não evento pontual, requer arquitetura de governança que alinhe objetivos, integre bases de dados, envolva comunidades e produza accountability, consolidando políticas mais equitativas, responsivas e sustentáveis.
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