Resumo:

O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre estresse ocupacional, ansiedade e qualidade de vida de profissionais da saúde, considerando a relevância crescente do tema em virtude das exigências emocionais impostas pela prática clínica, especialmente em contextos de sobrecarga de trabalho e situações de crise sanitária. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura realizada em bases nacionais e internacionais, abrangendo publicações entre 2021 e 2025, selecionadas com descritores controlados relacionados à saúde mental, estresse e qualidade de vida. Foram incluídos onze artigos que atenderam aos critérios de consistência metodológica e pertinência temática. Os resultados indicaram forte associação entre estresse e ansiedade e a deterioração da qualidade de vida em múltiplos domínios, incluindo saúde física, bem-estar psicológico, relações sociais e ambiente laboral, sendo enfermeiros e mulheres os grupos mais vulneráveis. Além disso, a pandemia de COVID-19 intensificou significativamente os níveis de esgotamento, ansiedade e depressão, aumentando a intenção de abandono da profissão. Por outro lado, fatores como resiliência psicológica, espiritualidade e o uso de intervenções digitais em saúde mental surgem como recursos protetores que contribuem para mitigar o impacto do desgaste emocional. Conclui-se que estratégias institucionais de suporte e políticas de promoção da saúde mental são fundamentais para preservar a qualidade de vida e a permanência dos trabalhadores na profissão.