Resumo:

Introdução: O uso de tecnologias digitais tem transformado o cuidado em saúde mental, promovendo novas formas de acompanhamento, educação e tratamento, sobretudo em contextos de desigualdade de acesso e sobrecarga dos serviços públicos. Objetivo: Analisar o papel e os impactos das tecnologias digitais no cuidado em saúde mental, considerando sua aplicabilidade clínica, desafios éticos e contribuições para a equidade em saúde. Metodologia: Revisão narrativa, utilizando os descritores “Saúde Mental”, “Tecnologia Digital”, “Telemedicina” e “Atenção Primária à Saúde”. Resultados e Discussão: As evidências demonstram que aplicativos de monitoramento, telessaúde e inteligência artificial favorecem o rastreamento precoce de sintomas e o acompanhamento remoto, aumentando a adesão terapêutica e reduzindo barreiras geográficas. Contudo, persistem desafios relacionados à proteção de dados, exclusão digital e validação científica das ferramentas. A integração dessas tecnologias à Rede de Atenção Psicossocial requer capacitação das equipes e infraestrutura adequada. Considerações Finais: As tecnologias digitais representam um avanço promissor na ampliação do acesso e na personalização do cuidado em saúde mental, desde que implementadas com equidade, ética e foco na centralidade do paciente.