Resumo:

Objetivo: sintetizar evidências sobre integração da saúde mental na Atenção Primária à Saúde (APS) e na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), destacando acesso, equidade e modelos de cuidado. Método: revisãosobre organização da RAPS-APS, apoio matricial, modelos colaborativos, papel dos agentes comunitários, barreiras estruturais e tecnológicas, e uso de telessaúde para monitoramento e continuidade do cuidado. Resultados: a fragmentação assistencial, o estigma, a escassez de recursos humanos e a deficiência de fluxos de referência/contrarreferência limitam o acesso e a longitudinalidade; modelos colaborativos e o apoio matricial aumentam a resolutividade, a adesão terapêutica e a satisfação; tecnologias digitais e teleconsultas ampliam o alcance e favorecem o seguimento, desde que acompanhadas de capacitação e inclusão digital; a integração APS-RAPS reduz desigualdades regionais, fortalece vínculos comunitários e melhora desfechos clínicos. Conclusão: para consolidar um cuidado integral e equânime, recomenda-se qualificação contínua das equipes, financiamento estável, protocolos intersetoriais, monitoramento de desempenho e incorporação responsável de ferramentas digitais, com foco na centralidade do usuário e na justiça social.