Resumo:

Objetivo: sintetizar, em perspectiva interdisciplinar, como abordagens psicoterapêuticas e psicofarmacológicas combinadas contribuem para o manejo de transtornos mentais e para a organização do cuidado. Método: revisão narrativa integrando evidências sobre terapias cognitivas e integrativas, intervenção metacognitiva, técnicas de exposição, mindfulness e relaxamento, além de farmacoterapia baseada em diretrizes, com aplicações em esquizofrenia, transtornos de ansiedade e transtornos alimentares pediátricos; também foram considerados modelos de cuidado na atenção primária e inovações como realidade virtual, biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca e estratégias transdiagnósticas. Resultados: a combinação de psicoterapia e psicofarmacologia mostrou benefícios superiores às abordagens isoladas, favorecendo adesão, redução de sintomas e reintegração psicossocial; persistem desafios relativos à adesão medicamentosa, barreiras culturais, comunicação entre profissionais e heterogeneidade das amostras. Modelos organizacionais interdisciplinares, com protocolos de reavaliação e planos terapêuticos customizados, ampliam remissão e qualidade de vida. Conclusão: a prática integrada exige qualificação contínua, coordenação multiprofissional, personalização das intervenções e uso criterioso de tecnologias, priorizando avaliação multimodal e protagonismo do paciente; lacunas incluem validação em populações diversas e escalabilidade de protocolos híbridos em serviços reais.