Neurobiologia dos Transtornos Mentais: Contribuições das Neurociências à Prática Clínica
Resumo:
Objetivo: sintetizar como achados das neurociências vêm contribuindo para a prática clínica em saúde mental, destacando mecanismos, ferramentas diagnósticas e implicações terapêuticas. Método: revisão narrativa integrando evidências sobre circuitos neurais, biomarcadores, neuroimagem, variabilidade por sexo, modelos dimensionais (RDoC) e intervenções personalizadas, com ênfase em tradução clínica. Resultados: transtornos mentais envolvem disfunções frontolímbicas, alterações de sinalização, inflamação e estresse oxidativo, afetando plasticidade e resiliência; neuroimagem funcional e estrutural demonstra anormalidades em córtex pré-frontal, amígdala e hipocampo; biomarcadores ainda carecem de validação populacional e abordagens multivariadas; o RDoC favorece classificação dimensional alinhada a circuitos; terapias emergentes incluem moduladores glutamatérgicos/purinérgicos, neuromodulação e estratégias baseadas em desenvolvimento com intervenção precoce; diferenças de sexo influenciam expressão e manejo. Conclusão: a aplicação clínica demanda formação específica, integração de dados genéticos, de imagem e psicométricos, uso criterioso de aprendizado de máquina e desenho de serviços que incorporem avaliação dimensional e intervenções personalizadas, visando precisão diagnóstica e terapêutica com melhores desfechos e qualidade de vida
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