Resumo:

O presente estudo teve como objetivo analisar a educação em saúde como estratégia de empoderamento comunitário e fortalecimento da saúde pública no Brasil contemporâneo. Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter narrativo, realizada entre setembro e outubro de 2025, a partir da busca, análise e síntese de artigos científicos, documentos oficiais e legislações nacionais disponíveis em bases reconhecidas, como SciELO, LILACS, PubMed, Google Acadêmico, além de portarias e diretrizes do Ministério da Saúde. Os resultados evidenciaram que, embora a educação em saúde esteja consolidada como diretriz estratégica do Sistema Único de Saúde (SUS), ainda enfrenta limitações relacionadas à fragmentação das práticas, insuficiência de metodologias participativas e desafios na intersetorialidade. As experiências exitosas, baseadas na educação popular e em metodologias ativas, demonstraram maior potencial para promover a autonomia coletiva, fortalecer redes de solidariedade e reduzir desigualdades. Entretanto, persistem barreiras estruturais, como falta de recursos, descontinuidade de políticas públicas e ausência de indicadores avaliativos consistentes. Conclui-se que a educação em saúde é fundamental para a consolidação do SUS, sendo indispensável investir em qualificação profissional, integração de políticas e valorização do protagonismo comunitário, de modo a torná-la efetivamente uma ferramenta emancipatória e transformadora da realidade social brasileira.