ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER NO SUS: POLÍTICAS, AVANÇOS E DESAFIOS DE IMPLEMENTAÇÃO
Resumo:
O presente artigo tem como objetivo analisar a atenção à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde (SUS), destacando os avanços institucionais obtidos por meio das políticas públicas e os desafios persistentes em sua implementação efetiva. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, fundamentada em artigos científicos e documentos oficiais publicados entre 2002 e 2025, selecionados em bases como SciELO, PubMed e LILACS, além de políticas do Ministério da Saúde. Os resultados apontam que, apesar de conquistas importantes, como a ampliação da Estratégia Saúde da Família e a implementação da Rede Cegonha, persistem desigualdades regionais e socioeconômicas que afetam principalmente mulheres pobres, negras, indígenas, rurais e trans. Além disso, a pandemia de COVID-19 agravou vulnerabilidades, interrompeu atendimentos essenciais e impactou negativamente a saúde mental de gestantes e puérperas. Evidenciou-se também a escassa valorização dos saberes tradicionais femininos, fundamentais em comunidades locais. Conclui-se que, embora o SUS seja um marco para a garantia de direitos, sua efetividade depende do fortalecimento da atenção primária, da capacitação dos profissionais, da valorização da diversidade cultural e da redução das desigualdades estruturais, de modo a assegurar a universalidade, a integralidade e a equidade da saúde da mulher.
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