O PAPEL DO SUS NA PROMOÇÃO DA EQUIDADE EM SAÚDE: ANÁLISE CRÍTICA E PROPOSTAS
Resumo:
O Sistema Único de Saúde (SUS), instituído pela Constituição Federal de 1988, consolidou-se como uma das maiores políticas públicas de saúde do mundo, pautado nos princípios de universalidade, integralidade e equidade. Ao longo de mais de três décadas, o sistema apresentou avanços relevantes, especialmente na ampliação da Atenção Primária à Saúde e na implementação de programas voltados a populações vulneráveis, como indígenas, pessoas em situação de pobreza, mulheres e comunidade LGBTQIA+. Apesar desses progressos, persistem desafios estruturais relacionados ao subfinanciamento, à desigual distribuição regional de serviços, à escassez de recursos humanos e à crescente judicialização da saúde, que revela tanto a insuficiência de políticas de planejamento quanto a necessidade de maior articulação entre os níveis de atenção. A pandemia de COVID-19, por sua vez, evidenciou as fragilidades do SUS, mas também destacou sua importância como instrumento de proteção social ao viabilizar campanhas de vacinação em larga escala e a coordenação de ações de vigilância epidemiológica. Assim, este estudo busca analisar criticamente o papel do SUS na promoção da equidade em saúde, ressaltando seus êxitos, limites e propondo estratégias que possibilitem a superação das desigualdades persistentes e a consolidação do sistema como pilar fundamental da justiça social no Brasil.
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