Resumo:

INTRODUÇÃO: A coinfecção tuberculose-HIV representa um grave problema de saúde pública, principalmente em populações vulneráveis, como pessoas em situação de rua, privadas de liberdade, usuários de drogas e comunidades indígenas. Nessas populações, fatores como exclusão social, estigma, dificuldades de acesso aos serviços de saúde e baixa adesão ao tratamento contribuem para o agravamento dos casos e dificultam o controle das doenças. OBJETIVO: Descrever a coinfecção tuberculose-HIV em populações vulneráveis, analisando as principais estratégias e desafios para o controle efetivo dessa condição de saúde pública. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS. Foram utilizados os seguintes descritores do DeCS/MeSH: “tuberculose”, “HIV”, “coinfecção”, “populações vulneráveis” e “controle de doenças transmissíveis”. Foram incluídos artigos publicados entre 2020 e 2024, em português, inglês e espanhol, que abordassem manejo clínico em UTI. Duplicatas foram excluídas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise dos estudos revelou alta prevalência da coinfecção em contextos de vulnerabilidade social, marcada por diagnóstico tardio, estigma, dificuldade de adesão ao tratamento e fragmentação dos serviços de saúde. As populações mais afetadas apresentam barreiras significativas no acesso ao cuidado, além de maior risco de desfechos negativos. As principais dificuldades identificadas envolvem a desarticulação entre os programas de HIV e tuberculose, a falta de testagem integrada e o abandono do tratamento. Iniciativas de busca ativa, apoio psicossocial e atuação intersetorial foram apontadas como estratégias eficazes, mas ainda pouco implementadas de forma ampla. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O enfrentamento da coinfecção TB-HIV em populações vulneráveis exige políticas públicas integradas, ações interdisciplinares e abordagem centrada na equidade, com foco na superação das desigualdades sociais que agravam a carga dessas doenças.