Existem divergências ou até mesmo incompreensão sobre a distinção entre integração e inclusão. Nos documentos divulgados pelo MEC, já é possível constatar um crescente número de estudantes com deficiência matriculados no ensino regular. Isto é integração. A integração possibilita a acessibilidade, a pessoa com deficiência é acolhida em ambientes regulares desfrutando dos mesmos direitos de todo o cidadão. A integração é responsável pela acessibilidade seja no adentrar seja no utilizar os materiais didáticos presentes no ambiente escolar. A inclusão acontece quando, a pessoa com deficiência ao acessar o ensino regular participa das mesmas atividades, mesmo diante de suas limitações, tem seu lugar de fala, faz suas movimentações Este artigo analisa criticamente os conceitos de integração e inclusão na educação especial, destacando suas origens históricas, implicações pedagógicas e sociais, e os marcos legais que orientam essas práticas no Brasil. A partir da Lei nº 9.694/96, a educação especial passou a ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, reforçando o papel das escolas como espaços de acolhimento. No entanto, a integração escolar, caracterizada pela adaptação do aluno aos modelos tradicionais, ainda predomina em muitas instituições, ignorando as especificidades dos estudantes com deficiência. Em contraponto, a educação inclusiva propõe transformações profundas nos sistemas educacionais, valorizando a diversidade e promovendo o direito à aprendizagem de todos. A Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) é destacada como instrumento fundamental para garantir a cidadania e a igualdade de oportunidades. O artigo busca contribuir para a compreensão das diferenças entre integração e inclusão, evidenciando a necessidade de práticas pedagógicas que respeitem as singularidades dos alunos e promovam uma educação de qualidade para todos.