Resumo:

Introdução: O nascimento prematuro representa um dos maiores desafios da saúde materno-infantil, sendo a principal causa de morbimortalidade neonatal. Diante da imaturidade fisiológica dos prematuros e de sua vulnerabilidade a complicações clínicas, a assistência deve ser integral, contínua e centrada na família, incorporando práticas baseadas em evidências e avanços tecnológicos. Objetivo: Analisar os avanços tecnológicos e as práticas assistenciais fundamentadas em evidências no cuidado integrado ao recém-nascido prematuro. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conduzida em bases de dados como MEDLINE, AIM, ARGMSAL, BDENF e BINACIS, utilizando descritores do DeCS “Recém-Nascido”, “Prematuro” e “Cuidados Integrados”. Foram incluídos oito artigos publicados em português, inglês ou espanhol, que atenderam aos critérios de inclusão, organizados e analisados descritivamente. Resultados e Discussão: As evidências apontam que o teste de fibronectina fetal associado ao comprimento cervical aumenta a acurácia diagnóstica do risco de parto prematuro, reduz custos e favorece a tomada de decisão clínica. Estratégias como o Método Canguru, NIDCAP, intervenções musicais e o uso da voz materna mostraram benefícios no neurodesenvolvimento e na estabilidade fisiológica. Modelos de Family Integrated Care (FICare) e mFICare demonstraram redução do estresse materno, melhora de indicadores clínicos e aumento das taxas de aleitamento. Tecnologias digitais, serious games e plataformas eHealth fortaleceram o protagonismo familiar e a continuidade do cuidado após a alta hospitalar. Considerações Finais: Os cuidados integrados ao recém-nascido prematuro configuram-se como estratégia essencial para reduzir riscos, melhorar desfechos clínicos e promover qualidade de vida. Sua efetividade depende da capacitação profissional, do fortalecimento das redes de atenção e da formulação de políticas públicas que assegurem a continuidade da assistência.