Resumo:

INTRODUÇÃO: A educação em saúde, orientada pelos princípios da educação popular, representa uma estratégia fundamental para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Fundamentada na pedagogia de Paulo Freire, essa abordagem valoriza o saber popular, o diálogo e a participação social como elementos essenciais para a transformação das práticas de saúde e promoção da cidadania. OBJETIVO: Analisar as políticas públicas de educação em saúde no contexto do SUS, com ênfase na produção da autonomia popular como eixo estruturante das ações educativas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura baseada na análise crítica de sete documentos científicos selecionados entre 2019 e 2024, incluindo artigos acadêmicos e produções institucionais. Os textos foram extraídos de revistas indexadas e discutem experiências, diretrizes e políticas públicas ligadas à educação em saúde, com ênfase na participação popular e no controle social. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os achados demonstram que a educação popular em saúde promove autonomia, participação cidadã e qualificação do controle social. Estratégias como o EdPopSUS, as ações extensionistas universitárias e os Conselhos Municipais de Saúde fortalecem a articulação entre os saberes populares e os serviços públicos. No entanto, desafios como a descontinuidade política, a baixa intersetorialidade e a falta de recursos ainda limitam a consolidação dessas práticas em todo o território nacional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A educação em saúde, pautada nos princípios da educação popular, constitui-se como instrumento potente de transformação social, fortalecendo o SUS como projeto democrático e popular. Seu êxito requer o comprometimento contínuo de gestores, profissionais e comunidades na construção de uma saúde pública mais justa, participativa e equitativa.