Resumo:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica complexa que compromete a comunicação, a interação social e o comportamento. Diante das limitações dos tratamentos convencionais, as terapias complementares têm emergido como alternativas promissoras. Este trabalho revisa as principais modalidades terapêuticas complementares utilizadas no manejo do TEA, incluindo musicoterapia, ludoterapia, equoterapia, danaterapia, LEGO Terapia e Análise Comportamental Aplicada (ABA). As evidências apontam para benefícios significativos no desenvolvimento físico, motor e na comunicação verbal e não verbal, bem como na melhora da interação social. No entanto, desafios como o diagnóstico tardio, a carência de formação profissional adequada e a escassez de evidências científicas consistentes limitam sua ampla adoção. A implementação eficaz dessas práticas requer abordagem interdisciplinar, planejamento terapêutico individualizado e integração aos serviços públicos de saúde. Conclui-se que as terapias complementares, quando associadas aos tratamentos tradicionais, potencializam os efeitos clínicos e promovem melhor qualidade de vida para pessoas com TEA, sendo essencial a continuidade da pesquisa, capacitação dos profissionais e envolvimento ativo das famílias.