SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA PEDIÁTRICA (SIM-P) PÓS-COVID-19: DESAFIOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) pós-COVID-19 representa uma condição inflamatória sistêmica grave que acomete crianças e adolescentes, caracterizando-se por manifestações clínicas diversas e potencial risco de complicações cardiovasculares e óbito. Embora rara, sua gravidade exige atenção especializada e protocolos clínicos bem definidos.. OBJETIVO: Analisar os principais desafios diagnósticos e terapêuticos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) no contexto pós-COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, construída a partir da análise de sete artigos científicos publicados entre 2018 e 2025, selecionados em bases como SciELO, Google Acadêmico e revistas indexadas nacionais. Os critérios de inclusão envolveram publicações em português, com abordagem direta sobre o diagnóstico, manejo clínico e implicações da SIM-P. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os achados apontam que a SIM-P surge geralmente entre duas a seis semanas após a infecção por SARS-CoV-2, apresentando febre persistente, disfunções gastrointestinais, alterações cardíacas e elevação de marcadores inflamatórios. O diagnóstico precoce é dificultado pela semelhança com outras doenças, como doença de Kawasaki e sepse. O tratamento é baseado no uso de imunoglobulina humana, corticosteroides, anticoagulação e suporte intensivo em UTI. A literatura destaca ainda a importância do acompanhamento multidisciplinar e do seguimento longitudinal devido às possíveis sequelas cardíacas. Protocolos institucionais e a atuação multiprofissional foram fundamentais para a redução da mortalidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A SIM-P constitui um desafio emergente na pediatria e exige diagnóstico ágil, tratamento agressivo e acompanhamento prolongado. A escassez de estudos prospectivos limita o conhecimento sobre a síndrome, sendo recomendadas futuras pesquisas multicêntricas. Além disso, reforça-se a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde, implementação de protocolos clínicos padronizados e ampliação da vigilância epidemiológica para garantir um cuidado seguro, equitativo e baseado em evidências
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