INEQUIDADES RACIAIS NO ACESSO À SAÚDE DA MULHER NO BRASIL
Resumo:
Introdução: A desigualdade racial no acesso à saúde pública no Brasil constitui um dos principais desafios para a efetivação do direito universal à saúde, afetando diretamente a experiência das mulheres negras nos serviços assistenciais. Objetivo: Analisar, sob a ótica da interseccionalidade, os principais obstáculos enfrentados por mulheres negras no acesso ao sistema público de saúde, discutindo os efeitos do racismo institucional e estrutural sobre a integralidade do cuidado. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura de abordagem descritiva e mista, realizada com base em 21 artigos selecionados entre os anos de 2020 e 2024 nas bases SciELO, BVS, PubMed, LILACS, Google Acadêmico e Periódicos CAPES, por meio de descritores controlados e operadores booleanos. Resultados e Discussão: Os resultados apontaram que a mulher negra é afetada por um conjunto de práticas discriminatórias que se manifestam tanto na precariedade do atendimento quanto na violência simbólica, sendo relegada a uma condição de invisibilidade institucional. As categorias centrais identificadas incluem: desigualdade territorial, negligência obstétrica, ausência de políticas efetivas de equidade e persistência de estigmas raciais no imaginário biomédico. Considerações Finais: A superação das desigualdades identificadas requer a institucionalização de políticas públicas antirracistas, articuladas com estratégias de formação profissional, controle social e incorporação da perspectiva interseccional nos protocolos de saúde.
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