INTRODUÇÃO: A Educação Permanente em Saúde (EPS) configura-se como um eixo estruturante das políticas públicas no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), por articular saberes e práticas cotidianas com vistas à transformação dos processos de trabalho em saúde. No entanto, sua efetiva implementação ainda encontra entraves relacionados à fragmentação da gestão, à descontinuidade de políticas e à carência de estratégias participativas e territorializadas. OBJETIVO: Analisar a Educação Permanente em Saúde como estratégia de qualificação das políticas públicas em saúde coletiva, com ênfase em seus fundamentos, desafios e potenciais transformadores. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, de natureza qualitativa, realizada entre março e maio de 2025. A seleção das fontes se deu nas bases SciELO, PubMed, BVS e repositórios institucionais, com critérios de inclusão voltados a publicações entre 2023 e 2025. Foram incluídos artigos em português, inglês e espanhol que abordassem a relação entre EPS e políticas públicas de saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise revelou que a EPS, quando aplicada com base em metodologias ativas e planejamento ascendente, tem potencial para transformar práticas de cuidado, qualificar os serviços e fortalecer a gestão participativa no SUS. Contudo, desafios como a falta de articulação intersetorial e a fragilidade institucional comprometem sua efetividade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a EPS deve ser entendida como uma política permanente e estratégica, essencial para o aprimoramento das ações de saúde coletiva, exigindo compromisso político, financiamento contínuo e valorização dos trabalhadores como sujeitos do processo formativo.