Resumo:

INTRODUÇÃO: A assistência pré-natal é essencial para a redução da morbimortalidade materna e neonatal, mas seu acesso ainda é limitado em regiões geograficamente isoladas. A Telessaúde surge como uma alternativa estratégica para promover o acompanhamento de gestantes em áreas de difícil acesso, utilizando tecnologias da informação e comunicação para viabilizar cuidados à distância. OBJETIVO: Analisar as evidências científicas disponíveis sobre o uso da Telessaúde no acompanhamento pré-natal em regiões de difícil acesso, identificando seus benefícios, limitações e potencialidades como política pública de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com busca de artigos nas bases SciELO, LILACS, PubMed e BVS, publicados entre 2019 e 2025, em português, inglês e espanhol. Foram incluídos estudos com texto completo e acesso gratuito que abordassem o uso da Telessaúde no pré-natal em regiões remotas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A literatura analisada aponta que a Telessaúde contribui significativamente para ampliar o acesso ao pré-natal, melhorar a adesão às consultas, monitorar condições clínicas de risco e promover a educação em saúde. Observou-se também a redução de complicações obstétricas evitáveis e a atuação eficaz de equipes multiprofissionais. No entanto, desafios como conectividade limitada, baixa alfabetização digital e necessidade de capacitação profissional ainda comprometem sua plena efetivação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Telessaúde representa um recurso promissor para qualificar o cuidado pré-natal em áreas remotas. Sua implementação deve ser acompanhada de investimentos estruturais e estratégias integradas, reforçando seu papel como instrumento de equidade e inclusão no sistema de saúde.