Resumo:

INTRODUÇÃO: A obesidade é uma condição crônica multifatorial que representa um grave problema de saúde pública, sendo associada a diversas comorbidades, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. Sua crescente prevalência mundial e nacional demanda intervenções eficazes, seguras e acessíveis. Entre as abordagens disponíveis, destacam-se as intervenções farmacológicas, que incluem o uso de medicamentos como orlistate, sibutramina, liraglutida e semaglutida, e as estratégias comportamentais, baseadas em modificações no estilo de vida. OBJETIVO: Analisar comparativamente a eficácia e a segurança das intervenções farmacológicas e comportamentais no controle do peso corporal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com análise de estudos publicados entre 2018 e 2025 nas bases PubMed, SciELO e Google Acadêmico. Foram incluídos artigos em português, inglês e espanhol, com texto completo disponível e que abordassem a temática central. Os dados foram organizados e analisados qualitativamente por meio de análise crítica e interpretativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados evidenciaram que os medicamentos apresentam maior eficácia na redução rápida de peso, especialmente em pacientes com obesidade moderada a grave, porém com riscos associados a efeitos adversos e custos elevados. As estratégias comportamentais, embora promovam uma perda de peso mais gradual, são mais sustentáveis e associadas à melhora da qualidade de vida. A combinação de ambas as abordagens mostrou-se mais eficaz na manutenção dos resultados a longo prazo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que o tratamento da obesidade deve ser individualizado, multidisciplinar e adaptado às necessidades do paciente, integrando intervenções farmacológicas e comportamentais sempre que possível. A adoção de políticas públicas que garantam o acesso equitativo a essas abordagens é fundamental para o enfrentamento ético e eficiente dessa condição complexa e crescente.