Resumo:

INTRODUÇÃO: A Doença Renal Crônica (DRC) é um agravo de natureza progressiva e irreversível que compromete a função renal, exigindo, em estágios avançados, terapias substitutivas como a hemodiálise. Tal condição impacta significativamente a vida do paciente e de seus familiares, sobretudo daqueles que assumem o papel de cuidadores, enfrentando múltiplos desafios decorrentes da sobrecarga física, emocional e social. OBJETIVO: Analisar as evidências disponíveis na literatura acerca dos principais desafios, dificuldades e sobrecargas enfrentadas pelos cuidadores familiares de pacientes com DRC em tratamento hemodialítico METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com buscas realizadas nas bases de dados SciELO, LILACS e BDENF. Foram utilizados os descritores controlados: “Doença Renal Crônica”, “Hemodiálise”, “Cuidador” e “Sobrecarga”. A seleção incluiu nove artigos publicados que atenderam aos critérios de inclusão e recorte temático. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos analisados demonstram que o cuidador familiar tem papel essencial no processo terapêutico do paciente renal crônico. No entanto, essa função é marcada por intensas exigências físicas, emocionais, sociais e econômicas. A sobrecarga relatada está relacionada à ausência de apoio social, escassez de informações sobre a doença, desgaste físico e mental, além da necessidade de reestruturação da rotina e da renúncia a atividades pessoais e profissionais. Apesar das dificuldades, muitos cuidadores atribuem à experiência de cuidar sentimentos de amor, gratidão e dever familiar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que o apoio social e a atuação da equipe multiprofissional, em especial do enfermeiro, são fundamentais para oferecer suporte, orientação e promover a qualidade de vida do cuidador. Tais intervenções contribuem para mitigar os impactos negativos da sobrecarga. Ressalta-se, ainda, a importância de políticas públicas e de novas produções científicas que abordem com profundidade a realidade vivenciada por esses cuidadores.