INTERCORRÊNCIAS HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO COMO PRINCIPAL CAUSA DE MORTE MATERNA NO BRASIL: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
Resumo:
INTRODUÇÃO: As intercorrências hipertensivas na gestação representam uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil, especialmente em populações socialmente vulneráveis. A pré-eclâmpsia e a eclâmpsia são responsáveis por elevada proporção de óbitos evitáveis, refletindo falhas na assistência pré-natal e nas estratégias de prevenção. OBJETIVO: Analisar as intercorrências hipertensivas como principal causa de mortalidade materna no Brasil, com foco na caracterização dos fatores associados e nas estratégias preventivas disponíveis. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com buscas realizadas entre março e abril de 2025 nas bases PubMed, BVS, SciELO e Google Acadêmico. Foram incluídos estudos publicados entre 2017 e 2025, com acesso gratuito e texto completo, resultando em 8 artigos selecionados após critérios de elegibilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise revelou que a hipertensão afeta até 10% das gestações e está associada a óbitos por falência múltipla de órgãos, AVC e pré-eclâmpsia não monitorada. Fatores como baixa escolaridade, ausência de pré-natal, doenças cardiovasculares preexistentes e desigualdade social agravam os desfechos. Estratégias como o monitoramento remoto da pressão arterial, atuação multiprofissional, clínicas especializadas no puerpério e fortalecimento da atenção primária mostraram-se eficazes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a prevenção da mortalidade materna por doenças hipertensivas requer ações intersetoriais integradas, educação em saúde, protocolos clínicos bem definidos e investimento em infraestrutura. A eliminação dessas mortes evitáveis deve ser prioridade da gestão pública, com garantia de um cuidado humanizado e equitativo à gestante.
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