A UTILIZAÇÃO DA GENÉTICA NO PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
Resumo:
INTRODUÇÃO: Os avanços da genética têm transformado significativamente o campo do planejamento reprodutivo, permitindo o diagnóstico precoce de doenças hereditárias, estratégias preventivas e decisões informadas baseadas em aconselhamento genético. No entanto, desafios éticos, estruturais e sociais ainda limitam sua aplicação ampla e equitativa, especialmente no contexto brasileiro. OBJETIVO: Analisar criticamente a aplicação da genética no planejamento reprodutivo, destacando possibilidades clínicas, barreiras ao acesso, implicações éticas e sociais, com ênfase na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS). METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, de abordagem qualitativa, com busca nas bases SciELO, PubMed, BVS e Google Acadêmico. Foram incluídas publicações entre 2018 e 2025, disponíveis em português, inglês e espanhol, com textos completos. A análise seguiu os princípios da análise temática de conteúdo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram incluídos sete estudos que abordam desde o uso de tecnologias como PGD e CRISPR, até aspectos éticos, como o risco de práticas eugênicas. Os dados apontam para uma lacuna entre o avanço técnico e sua implementação prática, com destaque para a ausência de políticas públicas, desigualdade no acesso, carência de profissionais especializados e falta de regulamentações claras. O aconselhamento genético surge como eixo central, mediando técnica, subjetividade e direitos reprodutivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A genética tem o potencial de promover gestações mais seguras e decisões reprodutivas informadas, mas sua efetividade depende de investimentos públicos, educação genética, regulamentação ética e inclusão equitativa no SUS. A prática deve ser orientada pela equidade, ética e respeito à diversidade humana.
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