MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL: DESAFIOS PARA A ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL E A GARANTIA DE UM PARTO SEGURO

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MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL: DESAFIOS PARA A ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL E A GARANTIA DE UM PARTO SEGURO
Palavras-chave MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL: DESAFIOS PARA A ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL E A GARANTIA DE UM PARTO SEGURO.

Resumo:

INTRODUÇÃO: A mortalidade materna continua sendo um importante problema de saúde pública no Brasil, refletindo desigualdades sociais, raciais e territoriais, além de falhas na assistência obstétrica. Apesar dos avanços promovidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os índices de óbitos maternos permanecem elevados, contrariando as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Essa realidade é agravada por fatores como acesso limitado ao pré-natal de qualidade, violência obstétrica, racismo institucional e ausência de redes de cuidado resolutivas. OBJETIVO: Analisar os principais obstáculos enfrentados no pré-natal no Brasil e discutir as estratégias existentes e necessárias para garantir um parto seguro à luz dos dados epidemiológicos e das diretrizes do Ministério da Saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, com abordagem qualitativa, fundamentada em estudos publicados entre 2018 e 2024 nas bases SciELO, PubMed, LILACS, BVS e Google Acadêmico. Foram estabelecidos como critérios de inclusão: artigos publicados entre 2018 e 2024, disponíveis integralmente em português, inglês ou espanhol; que abordassem de forma direta a mortalidade materna no Brasil e as condições relacionadas ao pré-natal e parto; e que estivessem acessíveis gratuitamente. Foram excluídos os trabalhos duplicados, os editoriais, as cartas ao leitor e aqueles que não apresentavam resultados consistentes ou metodologia claramente definida. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos 78 estudos encontrados, 09 foram incluídos após leitura na íntegra. A análise revelou que a maioria dos óbitos maternos é evitável e decorre de causas diretas como hemorragias, distúrbios hipertensivos e infecções, agravadas por falhas na assistência, racismo institucional e desorganização dos serviços. A pandemia da COVID-19 intensificou esse cenário, sobretudo entre mulheres negras e de baixa renda. A presença de violência obstétrica, baixa resolutividade no pré-natal e ausência de articulação entre os níveis de atenção à saúde foram apontados como entraves à efetividade do cuidado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Reduzir a mortalidade materna no Brasil requer estratégias intersetoriais, fortalecimento da atenção básica, humanização do parto, investimento em infraestrutura, capacitação profissional e políticas públicas voltadas à equidade racial e territorial.

Autor(es): Jessica Matias dos Santos ; Carla Emanuele Lopatiuk ; Nedson sombra Gemaque ; Daniel Wesley Teodoro Santos ; Glêcia Carvalho Santana ; Sumaya Emanuelle Gomes de Araújo ; Talyta Sâmara Batista Ferreira ; Pamela Nascimento Simoa da Silva; Luzimere Pires do Nascimento; Carlos Lopatiuk
Nº de Capítulo 1
ISBN 978-65-83818-00-3
DOI 10.71248/9786583818003-1
Publicado em: 19/05/2025
Download: 6

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