Resumo:

INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) representam desafios significativos para as políticas públicas de saúde, devido à sua alta prevalência, impacto psicossocial e risco de mortalidade precoce. OBJETIVO: Analisar o panorama atual das políticas públicas de saúde voltadas ao diagnóstico precoce e ao tratamento do TEA e do TDAH, com o objetivo de examinar as estratégias e práticas já inovadoras e seus impactos. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com buscas nas bases PubMed e SciELO, entre 2020 e 2024. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os principais desafios identificados incluem diagnóstico tardio em casos comórbidos, desigualdade no acesso aos serviços, ausência de padronização diagnóstica e terapêutica, e deficiência de abordagens personalizadas. Estratégias inovadoras destacadas abrangem o uso de tecnologias como ressonância magnética funcional, terapias complementares como EAATs, aulas nutricionais, análise da microbiota, e ações integradas voltadas à equidade. A padronização diagnóstica, o apoio familiar, o uso de dados para personalização do cuidado e abordagens multimodais também foram considerados essenciais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As políticas públicas devem avançar na adoção de estratégias baseadas em evidências, integrando ações intersetoriais, tecnologias diagnósticas, terapias inovadoras e equidade sem acesso. A promoção de pesquisas e intervenções preventivas, aliada ao fortalecimento do sistema de saúde, é fundamental para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos indivíduos com TEA e TDAH.