Resumo:

Introdução: A saúde da mulher, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), tem sido alvo de avanços significativos nas últimas décadas, especialmente no que diz respeito à ampliação do acesso aos serviços ginecológicos e obstétricos. No entanto, persistem desafios relacionados à inclusão de populações vulneráveis, à fragmentação do cuidado e à incorporação de tecnologias inovadoras. Objetivo: Analisar os principais avanços e desafios no cuidado ginecológico e obstétrico ofertado pelo SUS, com ênfase no papel das enfermeiras, na atenção a grupos vulneráveis e na utilização de tecnologias emergentes. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida por meio de uma revisão integrativa da literatura. Foram selecionados dez artigos científicos publicados entre 2021 e 2024, extraídos de bases como PubMed, Scopus e Google Scholar, com uso de descritores como “saúde da mulher”, “SUS”, “ginecologia”, “obstetrícia”, “enfermagem” e “inteligência artificial”. Resultados e Discussão: Os resultados evidenciam o protagonismo crescente da enfermagem obstétrica como agente fundamental na ampliação do acesso e na humanização do cuidado. Além disso, os estudos apontam a necessidade de práticas mais inclusivas e sensíveis às especificidades de mulheres negras, trans e com deficiência. Por fim, destaca-se o potencial da inteligência artificial para aprimorar o diagnóstico e o monitoramento na saúde reprodutiva, embora ainda existam barreiras éticas e estruturais para sua implementação no SUS. Considerações Finais: Apesar dos avanços observados, a efetividade da atenção ginecológica e obstétrica no SUS ainda depende da superação de desigualdades históricas, da valorização dos profissionais de enfermagem e da adoção crítica e equitativa de inovações tecnológicas.