Resumo:

INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) configura-se como uma das maiores políticas públicas de saúde do mundo, sendo os hospitais públicos elementos centrais na garantia do cuidado de média e alta complexidade. Contudo, esses hospitais enfrentam entraves como subfinanciamento, desigualdade regional e fragilidades gerenciais. OBJETIVO: Este estudo objetiva analisar o papel dos hospitais públicos no SUS, sua estrutura, os desafios enfrentados na gestão e as alternativas administrativas em curso. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória, baseada em revisão bibliográfica narrativa, com análise temática de conteúdo. Foram consultadas fontes científicas indexadas, com recorte temporal preferencial dos últimos cinco anos, utilizando bases como SciELO, PubMed, BVS e CAPES. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados apontam que, apesar de avanços no acesso e cobertura, os hospitais públicos continuam limitados por fatores estruturais e institucionais. Modelos de gestão como parcerias público-privadas, consórcios interfederativos e organizações do terceiro setor surgem como alternativas, mas apresentam controvérsias quanto à manutenção dos princípios do SUS. A literatura indica que tais modelos, se mal implementados, podem acentuar desigualdades. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a modernização dos hospitais públicos deve estar ancorada em critérios técnicos, participação social e compromisso político com o direito à saúde. Reafirmar o papel dessas instituições é essencial para fortalecer o SUS enquanto projeto público, universal e equitativo.