Resumo:

INTRODUÇÃO: A cicatrização de feridas é um processo biológico complexo que envolve uma interação entre células, mediadores químicos e fatores ambientais. Estudos recentes indicam que a neuroinflamação desempenha um papel fundamental na regulação da resposta inflamatória e no reparo tecidual, influenciando a qualidade e a velocidade da regeneração celular. OBJETIVO: analisar como a neuroinflamação e a atividade do sistema nervoso influenciam os processos de cicatrização de feridas e regeneração tecidual. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada a partir de artigos publicados entre 2015 e 2025, selecionados em bases de dados como Google Acadêmico, ScienceDirect, SciELO e BVS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados demonstram que a ativação de células neurais, como micróglia e astrócitos, influencia diretamente a resposta inflamatória, promovendo a liberação de citocinas e fatores de crescimento essenciais para o reparo tecidual. No entanto, quando desregulada, a neuroinflamação pode prolongar a fase inflamatória, comprometendo a cicatrização e favorecendo condições patológicas como neuropatias e feridas crônicas. Além disso, abordagens terapêuticas emergentes, como a fotobiomodulação e a nanomedicina, mostram potencial na modulação da neuroinflamação para otimização da regeneração tecidual. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A compreensão da interação entre o sistema nervoso e a cicatrização das feridas é essencial para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. A modulação da neuroinflamação pode ser uma alternativa viável para melhorar os estágios clínicos e acelerar a recuperação de lesões teciduais.