Resumo:

INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) é um pilar fundamental da saúde pública brasileira, garantindo o acesso universal e gratuito. No entanto, desafios relacionados ao financiamento, especialmente aqueles ligados às emendas parlamentares, comprometem a equidade e a eficiência do sistema. OBJETIVO: Analisar os mecanismos de financiamento do SUS, com foco nas transferências parlamentares, nas parcerias público-privadas e nas práticas de gestão financeira pública, propondo estratégias para promover a sustentabilidade e a eficiência. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa realizada nas bases de dados Scielo, PubMed, Web of Science e Google Scholar. Foram utilizados termos como "financiamento do SUS", "sustentabilidade financeira em saúde" e "parcerias público-privadas", aplicando operadores booleanos AND e OR. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre 2015 e 2024, em português, inglês ou espanhol, que abordassem diretamente mecanismos de financiamento e sustentabilidade no sistema de saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os achados revelam que, embora as emendas parlamentares tenham ampliado a alocação de recursos entre 2015 e 2021, elas geraram assimetrias e ineficiências na distribuição. As parcerias público-privadas apresentam potencial para diversificação do financiamento, mas requerem regulamentação rigorosa. A gestão financeira pública eficiente, associada a estratégias inovadoras como o financiamento verde e avanços tecnológicos, é essencial para otimizar o uso dos recursos e garantir a sustentabilidade do sistema. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O fortalecimento de marcos regulatórios, a otimização da gestão financeira e o estímulo a parcerias bem estruturadas são estratégias cruciais para aprimorar a sustentabilidade e a equidade do SUS. Pesquisas futuras devem explorar os impactos do financiamento verde em contextos vulneráveis e a eficácia das parcerias público-privadas em realidades regionais distintas.