PRIMEIROS MINUTOS DE VIDA: A HORA DE OURO E SEUS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE A LONGO PRAZO
Resumo:
Introdução: A "hora de ouro" refere-se ao período imediatamente após o nascimento, durante o qual intervenções assistenciais influenciam a estabilidade fisiológica e o prognóstico neonatal. Objetivo: analisar a literatura científica sobre os impactos da "hora de ouro" na saúde do recém-nascido, considerando variáveis como estabilização térmica, suporte respiratório, contato pele a pele e amamentação precoce. Metodologia: realizou-se uma revisão narrativa com abordagem qualitativa, baseada em artigos publicados entre 2004 e 2022, selecionados em bases indexadas como PubMed, SciELO, LILACS e Cochrane Library. Foram incluídos estudos que abordam os efeitos das práticas assistenciais na primeira hora de vida sobre a morbimortalidade neonatal, o desenvolvimento neurológico e a resposta imunológica. Resultados e discussão: os achados reforçam que o manejo adequado da temperatura corporal reduz significativamente o risco de hipotermia e suas complicações metabólicas, enquanto a estabilização ventilatória precoce melhora a adaptação pulmonar, especialmente em prematuros. Além disso, o contato pele a pele imediato favorece a regulação autonômica do recém-nascido e melhora os índices de amamentação exclusiva, promovendo benefícios imunológicos e neuromotores a longo prazo. Considerações finais: a adoção sistemática da "hora de ouro" se mostra essencial para a redução da morbimortalidade neonatal e para a promoção de um desenvolvimento saudável. A implementação de protocolos assistenciais padronizados e a capacitação dos profissionais de saúde são fundamentais para garantir que essas práticas sejam aplicadas de forma eficaz, contribuindo para a melhoria dos indicadores neonatais e para a construção de uma assistência perinatal baseada em evidências.
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