Resumo:

Introdução: As desigualdades no acesso aos serviços de saúde comprometem a efetivação do direito à saúde, tornando essencial a implementação de políticas públicas inclusivas que reduzam essas disparidades. As falhas na distribuição de recursos, a judicialização excessiva e a privatização progressiva agravam esse cenário, tornando necessária uma análise aprofundada sobre os impactos dessas variáveis. Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar como as políticas públicas inclusivas podem contribuir para a redução das desigualdades na saúde pública brasileira, identificando estratégias eficazes e os desafios persistentes nesse contexto. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa com abordagem qualitativa, baseada na seleção de dez estudos obtidos por meio de bancos de dados científicos, utilizando operadores booleanos e palavras-chave relacionadas à equidade em saúde, Atenção Primária e políticas públicas. Os critérios de inclusão foram estudos revisados por pares, publicados nos últimos cinco anos e que abordassem a equidade em saúde no Brasil. Foram excluídos artigos duplicados, estudos que não se relacionassem diretamente com o tema e aqueles que não possuíam dados empíricos relevantes. Resultados e Discussão: A análise revelou que o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), a ampliação do financiamento do SUS e a integração de tecnologias são medidas essenciais para reduzir desigualdades e garantir maior equidade no acesso aos serviços de saúde. No entanto, persistem desafios como a precarização do financiamento público, a judicialização da saúde, a falta de infraestrutura adequada em regiões vulneráveis e o avanço da privatização, que limita a cobertura universal. Considerações Finais: Conclui-se que a equidade em saúde só poderá ser alcançada por meio da implementação de um conjunto de ações coordenadas, que envolvam maior financiamento público, regulamentação eficiente, ampliação da APS e adoção de estratégias tecnológicas acessíveis.