Resumo:

INTRODUÇÃO: A inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho formal ainda enfrenta desafios estruturais significativos, especialmente em ambientes corporativos conservadores. A invisibilidade dessa população é consequência de múltiplos fatores, incluindo discriminação, dificuldades documentais, evasão escolar e a ausência de políticas afirmativas eficazes. A transfobia estrutural presente no meio corporativo dificulta tanto o ingresso quanto a permanência dessas pessoas em empregos formais, limitando suas oportunidades de desenvolvimento profissional e social. OBJETIVO: Explorar os desafios que as pessoas trans enfrentam em ambientes corporativos conservadores, identificando os elementos que acarretam sua invisibilidade e exclusão.METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, na qual foram analisados estudos acadêmicos, relatórios institucionais e documentos normativos sobre a empregabilidade da população trans. Foram utilizados artigos publicados entre 2018 e 2024, disponíveis em bases como SciELO, PubMed e Google Scholar, além de documentos governamentais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A pesquisa revelou que a taxa de desemprego entre pessoas trans permanece alarmantemente alta, com mais de 90% dessa população recorrendo à informalidade e à prostituição para subsistência. Identificou-se que os principais desafios incluem preconceito nos processos seletivos, não reconhecimento do nome social, falta de políticas inclusivas e barreiras na progressão profissional. No entanto, algumas empresas têm adotado medidas afirmativas, como programas de capacitação, cotas e redes de apoio, demonstrando impactos positivos na inclusão da população trans no ambiente corporativo.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados evidenciam que a invisibilidade de pessoas trans no mercado de trabalho formal não é apenas um reflexo da discriminação social, mas também da ausência de políticas institucionais eficazes. Recomenda-se que futuras pesquisas aprofundem a avaliação das iniciativas já implementadas e proponham estratégias mais eficazes para garantir equidade no mercado de trabalho.