Resumo:

INTRODUÇÃO: A mortalidade infantil é um indicador crítico da qualidade dos serviços de saúde, refletindo desigualdades socioeconômicas e estruturais. A mortalidade neonatal, que ocorre nos primeiros 27 dias de vida, representa um grande desafio para a saúde pública, exigindo avanços na assistência perinatal e no acesso a tecnologias médicas inovadoras. Apesar das políticas públicas externas para a redução desses óbitos, como a Rede Cegonha e o método canguru, ainda há barreiras no acesso às unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) e às tecnologias essenciais para a sobrevivência de recém-nascidos prematuros. OBJETIVO: Analisar os desafios na redução da mortalidade infantil e no acesso a tecnologias avançadas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, baseada na busca de artigos nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados analisados indicam que, embora o Brasil tenha reduzido significativamente a mortalidade infantil nas últimas décadas, ainda existem disparidades regionais que comprometem a equidade na assistência neonatal. O uso de tecnologias emergentes, como aprendizado de máquinas e dispositivos de suporte ventilatório menos invasivos, pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos neonatais. No entanto, desafios como o alto custo, a distribuição desigual de UTINs e a necessidade de capacitação profissional limitam a adoção dessas inovações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A redução da mortalidade neonatal exige políticas públicas que garantam investimentos em infraestrutura hospitalar, qualificação de profissionais de saúde e ampliação do acesso a tecnologias avançadas. Modelos de gestão comunitária bem-sucedidos podem ser adaptados ao contexto brasileiro para mitigar as desigualdades no acesso ao cuidado neonatal. O fortalecimento do monitoramento epidemiológico e da vigilância em saúde é essencial para a formulação de políticas efetivas e baseadas em evidências.