Resumo:

INTRODUÇÃO: A educação em saúde é essencial para a promoção do bem-estar e prevenção de doenças, especialmente entre os povos indígenas, cujas práticas tradicionais são fundamentais para a manutenção da saúde. No entanto, a imposição de modelos biomédicos ocidentais tem gerado desafios na integração dessas práticas ao sistema de saúde pública. Dessa forma, é necessário adotar estratégias culturais que respeitem e valorizem os saberes indígenas, promovendo um diálogo intercultural eficaz. OBJETIVO: analisar estratégias de educação em saúde voltadas para povos indígenas, enfatizando a promoção da medicina tradicional e preventiva. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, baseada na seleção de artigos científicos, dissertações, teses e documentos institucionais. A busca foi realizada em bases de dados acadêmicas, utilizando descritores controlados e livres relacionados ao tema. Foram considerados estudos publicados nos últimos 8 anos, com recorte temporal para garantir a atualidade das informações. A análise foi qualitativa, organizando os dados em eixos temáticos para melhor compreensão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os achados indicam que estratégias baseadas na interculturalidade, como a participação de agentes indígenas de saúde e o uso de metodologias orais e audiovisuais, são mais eficazes na promoção da educação em saúde. A resistência de algumas comunidades ao modelo biomédico e a falta de políticas públicas inclusivas são desafios a serem superados. Além disso, a degradação ambiental ameaça a sustentabilidade da medicina tradicional indígena. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A valorização dos saberes tradicionais e a adaptação das estratégias educativas às especificidades culturais são essenciais para fortalecer a autonomia dos povos indígenas. Recomenda-se o desenvolvimento de políticas públicas que promovam a integração entre os conhecimentos tradicionais e científicos, garantindo um modelo de assistência mais inclusivo e sustentável.