Resumo:

INTRODUÇÃO: A epidemiologia molecular tem se consolidado como uma ferramenta essencial no diagnóstico e monitoramento de doenças infecciosas, permitindo uma identificação mais precisa de patógenos, rastreamento de surtos e monitoramento da resistência antimicrobiana. O avanço das técnicas de biologia molecular tem proporcionado um salto qualitativo na vigilância epidemiológica e na personalização dos tratamentos. OBJETIVO: Investigar os desenvolvimentos recentes da epidemiologia molecular no diagnóstico de doenças infecciosas, evidenciando sua importância na identificação precoce, na monitorização epidemiológica e no combate à resistência antimicrobiana. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura baseada na análise de artigos científicos publicados entre 2018 e 2024, selecionados em bases como PubMed, Scopus, Web of Science, ScienceDirect e SciELO. Foram utilizados descritores específicos e critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos, priorizando estudos que abordassem aplicações diagnósticas da epidemiologia molecular. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os achados evidenciam que técnicas como PCR, sequenciamento de nova geração e espectrometria de massas têm sido fundamentais na identificação de patógenos e na detecção de genes de resistência. A integração dessas ferramentas com inteligência artificial tem potencial para otimizar a vigilância epidemiológica. No entanto, desafios como altos custos, necessidade de infraestrutura especializada e questões éticas ainda limitam sua implementação em larga escala. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A epidemiologia molecular representa um avanço significativo no controle de doenças infecciosas, mas sua plena implementação depende de investimentos em tecnologia, capacitação profissional e regulamentação do uso de dados genômicos. Estudos futuros devem focar na acessibilidade dessas tecnologias e na avaliação de seu impacto nos sistemas de saúde.