Resumo:

INTRODUÇÃO: A Saúde Mental (SM) é definida como um estado de bem-estar mental, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse estado, as pessoas conseguem lidar com diferentes tipos de estresse e desenvolver plenamente suas habilidades. Esse tema ganhou maior destaque na sociedade durante a pandemia de COVID-19, que limitou o acesso a diversos serviços de saúde mental e, consequentemente, agravou os transtornos mentais na população. OBJETIVO: Destacar a importância dos serviços na Atenção Primária à Saúde (APS), analisando como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e a Estratégia Saúde da Família (ESF) contribuem para o manejo e a promoção da saúde mental, identificando estratégias e desafios. METODOLOGIA: Adotou-se uma abordagem descritiva e exploratória, baseada na análise de dados epidemiológicos e na revisão sistemática da literatura em bases como Lilacs, SciELO e Medline. Foram incluídos artigos e documentos publicados nos últimos oito anos, resultando em 34 estudos relevantes. Dados do Ministério da Saúde e do IBGE também foram analisados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A revisão revelou que os serviços de saúde mental no Brasil evoluíram com a criação do SUS e a Reforma Psiquiátrica, priorizando cuidados comunitários. No entanto, barreiras como burocracia, falta de capacitação e estigma dificultam a integração entre saúde mental e atenção primária. Os dados apontam uma alta prevalência de transtornos mentais, como depressão e suicídio, principalmente em populações vulneráveis. O apoio matricial e a atuação integrada das equipes da ESF e do NASF são estratégias promissoras, mas ainda subutilizadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A efetividade da atenção à saúde mental na APS depende de capacitação contínua, integração, articulação entre diferentes profissionais e fortalecimento das políticas públicas. A ampliação do acesso e melhorias na gestão dos cuidados são essenciais para reduzir as desigualdades e garantir uma assistência integral.