Resumo:

Introdução A interdisciplinaridade entre saúde e educação no ambiente escolar é essencial para garantir o desenvolvimento integral dos estudantes, promovendo não apenas a aquisição de conhecimento acadêmico, mas também a formação de hábitos saudáveis e o bem-estar físico e mental. Objetivo: O presente estudo analisou a intersetorialidade entre saúde e educação no ambiente escolar, identificando os principais desafios e as potencialidades na implementação de políticas e ações voltadas à promoção da saúde dos estudantes. Metodologia: A pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão narrativa da literatura, baseada na análise de artigos científicos, relatórios institucionais e documentos oficiais indexados em bases como SciELO, PubMed e Periódicos Capes, utilizando descritores como “saúde escolar”, “educação e saúde” e “políticas públicas educacionais”. Resultados e Discussão: Os achados evidenciaram que a formação inadequada dos professores para atuar na promoção da saúde, a ausência de suporte psicológico e a desarticulação entre escolas e serviços de saúde são os principais obstáculos para a efetividade das ações interdisciplinares. A inclusão de alunos com transtornos do neurodesenvolvimento, como o autismo, também foi identificada como um desafio relevante, reforçando a necessidade de mediação pedagógica especializada. Além disso, programas voltados à prevenção do uso de substâncias psicoativas e à integração entre escolas e unidades básicas de saúde mostraram-se iniciativas promissoras, desde que aplicadas de forma contínua e articulada. Considerações Finais: Conclui-se que a promoção da saúde escolar requer uma reestruturação profunda das práticas educacionais e institucionais, com a implementação de políticas públicas que consolidem a escola como um ambiente de cuidado e prevenção, garantindo que a saúde dos estudantes seja tratada como um direito fundamental e não apenas como uma ação complementar à educação.