Resumo:

Introdução: A incorporação de tecnologias no campo da saúde coletiva tem promovido mudanças profundas nas dinâmicas de cuidado, reorganizando a interação entre profissionais e usuários e ampliando o acesso aos serviços de saúde. Entretanto, desafios como desigualdade no acesso, barreiras culturais e éticas exigem análises críticas sobre o impacto dessas ferramentas. Objetivo: Este estudo busca analisar criticamente as contribuições de tecnologias e inovações na saúde coletiva, com foco na integração multiprofissional e na eficiência do cuidado. Metodologia: Realizou-se uma revisão narrativa bibliográfica em bases de dados como PubMed, SciELO e LILACS, utilizando descritores do DeCS relacionados a tecnologias em saúde e inovação. Foram selecionados 15 artigos publicados entre 2010 e 2023, com análise qualitativa e abordagem descritiva. Resultados e Discussão: Os resultados evidenciam que Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), como aplicativos móveis e metodologias participativas, contribuem para ampliar o acesso, fortalecer o trabalho interdisciplinar e promover práticas educativas e preventivas. Contudo, identificaram-se limitações como a desigualdade tecnológica, a ausência de políticas públicas efetivas e a necessidade de formação profissional continuada. Considerações Finais: Conclui-se que as tecnologias têm potencial para transformar a saúde coletiva, desde que implementadas em contextos adequados, com suporte de políticas públicas, infraestrutura e capacitação. Futuros estudos devem explorar impactos em populações vulneráveis e propor indicadores para avaliar a eficácia dessas ferramentas.