VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E O PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE
Resumo:
Introdução: A violência contra a mulher representa uma das mais graves violações dos direitos humanos, sendo também um problema crítico de saúde pública. Suas consequências incluem danos físicos, psicológicos e sociais às vítimas, além de impactos na sociedade como um todo. Objetivo: Analisar o papel da atenção primária na promoção da saúde de mulheres em situação de violência, evidenciando os desafios, as estratégias preventivas e as oportunidades de melhoria no enfrentamento dessa problemática. Metodologia: Realizou-se uma revisão narrativa com busca em bases de dados eletrônicas, como PubMed, SciELO e Lilacs, utilizando os descritores “violência contra a mulher”, “atenção primária à saúde”, “promoção da saúde” e “intersetorialidade”. Foram selecionados artigos publicados entre 2010 e 2024 em português, inglês e espanhol, que abordassem intervenções e estratégias relacionadas à violência contra a mulher na atenção primária. Resultados e Discussão: Os resultados destacaram que a atenção primária tem um papel central no enfrentamento à violência contra a mulher, especialmente ao integrar serviços de saúde, assistência social e segurança pública. No entanto, há lacunas significativas relacionadas à capacitação dos profissionais, à ausência de fluxos bem definidos e à fragmentação dos serviços. A pandemia de COVID-19 intensificou os desafios, aumentando os casos de violência e dificultando o acesso das vítimas aos serviços de apoio. Estratégias como grupos de acolhimento, ações educativas no pré-natal e o uso de tecnologias digitais mostraram-se promissoras na prevenção e promoção da saúde. Considerações Finais: Conclui-se que, embora a atenção primária possua potencial para transformar a assistência às mulheres em situação de violência, são necessárias melhorias na articulação intersetorial, formação contínua dos profissionais e fortalecimento das políticas públicas que integrem saúde, assistência social e justiça. Pesquisas futuras devem explorar inovações no atendimento e avaliar o impacto de intervenções específicas nesse contexto.
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