Resumo:

INTRODUÇÃO: A Atenção Primária à Saúde (APS) é essencial para a organização dos sistemas de saúde, garantindo acesso equitativo e continuidade do cuidado. No Brasil, apesar dos avanços proporcionados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desafios estruturais e organizacionais persistem, impactando a qualidade dos serviços e a equidade no acesso. OBJETIVO: Analisar a influência da acessibilidade e da qualidade da APS na coordenação do cuidado e na redução das desigualdades no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa baseada na estratégia PICo (População, Intervenção e Contexto), realizada na base de dados SciELO. Os descritores utilizados foram “PMAQ”, “Atenção Básica” e “SUS”, combinados pelo operador booleano AND. Foram incluídos artigos publicados entre 2023 e 2025, priorizando estudos revisados por pares, excluindo dissertações e resumos de congressos. A seleção seguiu a metodologia PRISMA. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise revelou que a qualidade da APS impacta diretamente a resolutividade dos serviços, a continuidade do cuidado e a mitigação das desigualdades regionais. Barreiras como insuficiência de financiamento, carência de profissionais e dificuldades na implementação de políticas públicas comprometem a efetividade do sistema. Estratégias como visitas domiciliares, uso de prontuários eletrônicos e incentivos financeiros para equipes de saúde demonstram potencial para melhorar a equidade e a eficiência da APS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A acessibilidade e a qualidade da APS são determinantes para a coordenação do cuidado e a equidade em saúde. A superação de desafios estruturais exige investimentos contínuos, valorização dos profissionais e aprimoramento da gestão. Políticas públicas voltadas à qualificação da APS podem fortalecer a atenção primária e reduzir disparidades na assistência à saúde no Brasil.