Resumo:

Introdução: A liderança estratégica na saúde pública, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS), é essencial para enfrentar desafios estruturais e culturais que comprometem a eficiência, a equidade e a humanização do cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Este trabalho propõe analisar a importância de uma gestão estratégica voltada à APS, com ênfase nas práticas de humanização, inclusão de grupos vulneráveis e na superação de barreiras organizacionais. Metodologia: Baseou-se em uma revisão bibliográfica narrativa nas bases SciELO, PubMed e LILACS, utilizando termos como “liderança estratégica na saúde pública” e “equidade no SUS”. Foram selecionados 28 artigos que abordaram práticas humanizadas, políticas inclusivas e desafios na integração de tecnologias e capacitação das equipes. Resultados e Discussão: Os estudos indicam que iniciativas como visitas domiciliares, protocolos de atendimento humanizado, Práticas Integrativas e Complementares (PICs) e programas voltados para populações específicas (LGBTQIA+, crianças com TEA, idosos e comunidades rurais) contribuem significativamente para a melhoria do atendimento. Entretanto, a sobrecarga das equipes, resistência cultural e a fragmentação dos sistemas de informação configuram barreiras reais à consolidação de práticas inovadoras. Considerações Finais: A articulação entre universidades e serviços de saúde, aliada ao uso de tecnologias digitais e à adaptação de políticas públicas regionais, destaca a liderança estratégica como elemento transformador do SUS. Assim, gestores capacitados e comprometidos com a inovação e a inclusão são fundamentais para construir um sistema de saúde mais eficiente, empático e sustentável.