Resumo:

Introdução: A saúde mental durante a gestação e o puerpério tem ganhado atenção crescente devido à sua relevância para a qualidade de vida das mulheres e de seus bebês. Alterações hormonais, fatores socioeconômicos e pressões sociais são amplamente reconhecidos como elementos que podem desencadear transtornos mentais, como depressão e ansiedade, durante esses períodos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar os fatores de risco e proteção, bem como as estratégias de cuidado voltadas à saúde mental na gestação e no puerpério, com destaque para as principais intervenções que podem promover o bem-estar materno e infantil. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, com base em artigos publicados entre 2020 e 2023, nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS. A seleção incluiu estudos que abordassem especificamente os aspectos psicológicos e os cuidados direcionados às mulheres nesses períodos. Resultados e Discussão: Os resultados indicaram que mulheres em contextos de maior vulnerabilidade enfrentam barreiras significativas no acesso aos cuidados psicológicos, muitas vezes devido a desigualdades sociais e econômicas. Por outro lado, fatores como suporte social, programas de intervenção multiprofissional e capacitação de profissionais de saúde mostraram-se protetores. Políticas públicas que priorizem a saúde mental materna e o treinamento de equipes de saúde para a identificação precoce de sintomas foram enfatizadas como fundamentais. A discussão também destacou a importância de abordagens culturalmente sensíveis e interdisciplinaridade como elementos-chave no cuidado materno. Conclusões: Conclui-se que a promoção da saúde mental materna exige a implementação de estratégias que combinem abordagens intersetoriais e práticas adaptadas aos contextos locais. Uma abordagem interdisciplinar e culturalmente sensível é essencial para promover o bem-estar materno e infantil, além de contribuir para a redução das desigualdades nos sistemas de saúde.